A globalização da Advocacia

A globalização da Advocacia

(23.03.11)

 

Especialistas nacionais e estrangeiros prometem mexer com os ânimos dos advogados estaduais entre os dias 14 e 15 de abril, em Curitiba (PR). Na pauta da I Conferência Internacional em Gestão Legal, está a eliminação de barreiras dos próprios escritórios nacionais frente às oportunidades no exterior.

Com mais de 632 mil advogados ativos no país, escritórios de advocacia encontram desafios em áreas como gestão de pessoas, marketing, finanças, empreendedorismo, negócios jurídicos e tecnologia, já encontradas no cenário internacional e que exigem postura diferenciada dos profissionais brasileiros.

Para o consultor especialista em estratégia de mercado, comunicação e marketing jurídico, Rodrigo Bertozzi, a excelência em gestão e serviços deve ter foco também no campo internacional. “Este é o momento para a internacionalização dos escritórios. A preocupação da inserção local e regional mudou com a nova percepção e imagem do Brasil no exterior”, define.

A entrada de grandes escritórios ingleses, norte-americanos e australianos no Brasil também gerou pressões e forte concorrência. Aspectos como qualidade da produção acadêmica e técnica não podem ser mais desculpas para o engessamento das bancas brasileiras ou temor à concorrência internacional.

“Timidez sobre crescimento é inaceitável. De modo sustentável, organizado, com gestão e dentro do código de ética, não há limites para crescimento”, diz Bertozzi.

De acordo com a advogada e consultora especialista em planejamento estratégico, composição societária e gestão de pessoas na Advocacia, Lara Selem, o mercado jurídico brasileiro já movimenta cerca de R$ 3 bilhões ao ano.

“A vinda dos escritórios internacionais vai além dos impactos nas pequenas e médias bancas estaduais, mas como aproveitar novos conhecimentos e oportunidades”, explica.

Prática comum em países como Estados Unidos, Coréia do Sul, Japão, além de alguns africanos, poucas bancas brasileiras seguem em volume ao exterior.

“O uso de ferramentas estratégicas de gestão, inovação constante e saber comunicar a expertise para o mercado geram segurança e calibram os escritórios estaduais para o mercado internacional”, diz Lara, que destaca pensamento global, gestão de produção e visão empreendedora como pontos fortes no Brasil. Mas, para o exterior, a especialista arremata: ousadia e diferenciação de mercado.

Fonte: www.espacovital.com.br
 

 

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